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Cuité recebe o espetáculo “Como Nasce um Cabra da Peste”

Cuité Pb online | 09:52 | 0 Comentários

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16 anos de muitas crendices, superstições e presságios de muito riso.

 “Como Nasce um Cabra da Peste”. A montagem é da Agitada Gang – Trupe de  Palhaços e Atores da Paraíba com direção de Eliézer Rolim. O espetáculo foi contemplado no  FIC - Fundo Estadual de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos – 2012/2013.  E realizará com o patrocínio do FIC uma série de apresentações de forma gratuita para alunos da rede pública e público em geral  em comemoração aos 16 anos do espetáculo em 04 cidades da Paraíba que ainda não receberão o espetáculo ao longo desses anos de estrada, as  cidades contempladas são Cuité, Monteiro, Sumé e Pombal. O grupo também realizará um workshop para professores de artes e artistas em cada cidade com o tema  “A importância do teatro na arte-educação.” O espetáculo será apresentado nesta Quarta-feira(14/08) ás 15h:30min no Teatro Dona Chicota na cidade de Cuité para os alunos(as) da Escola Estadual Vidal de Negreiros, na quinta-feira (15/08) as 19h:30min será a vez dos alunos(as) da Escola de Ensino Fundamental e Médio da Escola Arruda Câmara assistirem o espetáculo no Cine Teatro Murarte na cidade de Pombal, o grupo conta com a parceria do professor Luizinho Barbosa Coordenador do Projeto Justiça artes e cidadania. 

 “Como Nasce um Cabra da Peste” está centrada nos preparativos e procedimentos populares para o nascimento de uma criança no sertão nordestino. O texto de Altimar Pimentel, baseado na obra etnográfica de Mario Souto Maior, faz um apanhado das crendices, superstições, costumes e medicinas mágicas empregadas em tais situações no interior do Brasil rural  com muita alegria, bom humor, responsabilidade social desta trupe  Agitada. É um espetáculo que mesmo ao transportar para o palco essas situações numa abordagem cômica, o faz de maneira comovente, humana e respeitosa para com o homem do interior e sua cultura. Através da encenação do ritual do nascimento de mais uma criança no árido e hostil mundo da pobreza nordestina, pelas mãos de uma parteira – misto de santa e médica, temida e respeitada – autor e atores resgatam da tradição oral e do esquecimento o misticismo, a religiosidade sincrética, a luta pela sobrevivência e a doçura do homem do sertão.

Em cena, o casal interpretado por Edílson Alves (Joaquim) e Madalena Aciolly (das Dores) é submetido a provas heróicas e absurdas, sob o domínio da parteira Gerusa (Dadá Venceslau). Dadá Venceslau no palco se transforma, ainda, em moleque e vizinha invejosa.

 O natural talento de clown da turma da Agitada Gang, mesmo provocando muito riso, resulta em um espetáculo de forte dramaticidade e contundente denúncia do isolamento das populações interioranas, deserdadas socialmente e submissas a todos os tipos de carências, inclusive no que se refere à assistência médica. Aliás, alegria, bom humor, responsabilidade social e solidariedade são a marca dessa troupe de premiadíssimos palhaços e atores que se reuniu pela primeira vez, sob o nome de Agitada Gang, em 1987, para prestar homenagem e arrecadar fundos e donativos para o Palhaço Querrenca – um palhaço negro, paraibano, que vivia em situação de penúria e abandono. 

Divulgação / Ascom

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