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Ganhadores do concurso de monografias em homenagem a Dr. Felipe

Cuité Pb online | 12:03 | 4 Comentários

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Acontecerá nesta sábado dia 21, no auditório municipal a entrega da premiação aos três primeiros colocados no concurso de monografias em homenagem a Dr. Felipe que terá início as 14:00 horas.

Segundo Dr. Miro, o evento contará com ilustres Cenecistas que farão palestras sobre o tema do referido concurso, alem de autoridades políticas do município e representantes de outras esferas governamentais, além da sociedade civil.

A população em geral está sendo convidada. Confira o convite abaixo



Fonte: Dr. Miro com ClickPicuí

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4 comentários:

  1. Parabéns aos familiares e aos vencedores do Concurso de Monografias sobre a Vida e Obra de Dr. Felipe Tiago Gomes, Comendador da Educação Brasileira,o filho mais ilustre de Picuí e do Curimataú Paraibano.Por meio de Felipe Tiago Gomes Picuí recebeu o Presidente da República José Sarney e sua esposa Marly Macieira Sarney, além de várias autoridades internacionais como o embaixadores do Canadá,Holanda,Uruguai. Parabéns Picuí pelo seu filho Felipe Tiago Gomes!!!!!!!!!!!

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  2. Carta de Dom Helder Câmara ao amigo Felipe Tiago Gomes

    Querido Amigo Felipe Tiago Gomes,

    Ao festejarmos os 40 anos da abençoadíssima Campanha dos Ginasianos Pobres -hoje, Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - seu nome se destaca naturalmente, no meio de outros como José Rafael de Menezes, Everardo Luna, Alcides Rodrigues Lucena, Joel Pontes, ou de ainda outros como Professora Netinha, Agamenon Lafayette e Des. Benildes Ribeiro.

    Mas, ao recordar que, pelos 1316 Ginásios da Comunidade, já passaram 2 milhões e meio de Brasileiros, e que, neste instante, o sonho de 1943 permite acolher, em torno de 23 mil Professores, 537.952 alunos de 1º e 2º graus, e, inclusive, 3 Escolas Superiores, a Ação de Graças tem que chegar a Deus.

    D'Ele veio a inspiração primeira. D'Ele a coragem em momentos cruciais. D'Ele a persistência, a fidelidade, ao longo de 40 anos de caminhada, não raro sobre humana.

    É vital para a Campanha e para todos os que dela participam que, sempre mais, contemos com a ajuda de todos os instantes d'Aquele, em Quem todos reconhecemos a inspiração, a chama de nossa chama, a Força que transfigura nossa fraqueza.

    Recife/PE, 29 de julho de 1983.



    HELDER CÂMARA

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  3. Depoimento de Ivone Boechat

    Conheci Dr. Felipe, quando dirigia a Escola, numa tarde, quando estava triste, porque acontecera uma verdadeira catástrofe. Havia chovido muito e o vento derrubara uma grande parte da construção da sede própria. Tudo até ali havia sido feito com verba arrecadada de festas, sorteios, doação de amigos e muito luta. O que fazer agora? Lógico! Escrevi uma carta para a CNEC de Brasília, chorando e pedindo uma ajuda para reconstruir. Ele, Dr. Felipe, em carne, osso e emoções veio de tão longe (1000 km de distância) dar a resposta, pessoalmente, trazendo a ajuda que tanto precisávamos. Nem era grande a quantia em dinheiro, mas o amor demonstrado contagiou, abasteceu, e transbordou em nossas vidas.

    Em 1973, fui conhecer Brasília, na única vez que consegui ficar de férias, claro, procurei o endereço da sede da CNEC. Onde? Fui ao Ministério da Educação para saber onde ficava. Ao subir, antes de apertar o botão do elevador, olhei e...lá estava Dr Felipe. Muito feliz, porque o havia reconhecido, confirmei, ao perguntar, o senhor é o Dr. Felipe? E ele, como sempre, tão simpático disse que sim, aí estufei o peito (porque perto dele a gente se sentia sempre muito grande) e me apresentei. Descemos e, no mesmo dia, comecei a trabalhar, ajudando a organizar o Congresso e a comemoração dos 30 anos de vida da CNEC. Em plena crise de abastecimento de carne, levantava-me às 5 horas da manhã para entrar na fila e olha que faz frio, em Brasília, em julho. E as minhas férias? Ficou para outra época.


    No dia 5 de junho de 1975, tomei posse. A CNEC estava unificando a administração da Guanabara a do Estado do Rio. Agora era um só Estado. Tudo muito complicado! Muitas Escolas deficitárias. Algumas deveriam encerrar as atividades. Só isto iria consumir todo o tempo, mas ainda havia outras 182 escolas cenecistas clamando por assistência. Não havia fim de semana, férias ou feriado. Era dureza ver o meu filho caçula dizer que quando crescesse gostaria de ser piloto para jogar uma bomba em cima da CNEC! Porque ele sentia muito a minha falta... Apesar de todos os sacrifícios, vencemos sempre!

    Em 1980, ao sair da direção da Escola, lá estava a sede própria do Centro Educacional Visconde de Mauá, numa área que meu pai pediu ao Prefeito Magid Repanni e foi doada pela Prefeitura, com o prazo de dois anos para construir, senão perderíamos a área. Todavia, o grande mutirão comunitário deu resultado:12 salas de aula, secretaria, biblioteca, quadra de esportes, banda de música, e o nome da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade respeitado no Município de Magé.

    Após anos de luta no Rio, no dia 06 de julho de 1990, fomos convocados novamente pelo Dr. Felipe para ajudá-lo, em Brasília, na Administração Central. Quem teria coragem de dizer não a um homem daquele? Arrumamos a mala e fomos eu e o meu marido, Nelci, que sempre me apoiou, trabalhando, sem receber um centavo da CNEC. A grandiosa luta continuou. Daria para escrever um livro, com lágrimas, muitas lágrimas, porém, as vitórias superaram e com a força de Deus caminhamos, sempre. Foram mais sete anos,em Brasília, ombro a ombro, com a equipe-irmã da Administração Central, inúmeras vezes, todos colocando o próprio corpo na frente do grande herói Felipe, para as pessoas não feri-lo, nas duras batalhas. Valeu a pena.

    Quando em 1993, a CNEC completou cinqüenta anos, o Teatro Municipal de Brasília estava lotado. A magia da entrada triunfal dos Estados, portando as bandeiras, a emoção do hino cenecista cantado, com tanto fervor, e o encerramento de quase arrebatamento, quando o Pai Nosso foi cantado, a capela.

    Em 1996, Dr. Felipe não morreu! O céu o convocou para contabilizar com os anjos, tudo o que a CNEC havia feito até ali: milhares de vidas resgatadas do abandono, do analfabetismo, da falta de oportunidade, da miséria social. A Deus toda honra e toda a glória!


    Ivone Boechat
    Ex-aluna, ex-professora,
    ex-diretora cenecista, Ex-Superintendente Itinerante Nacional da CNEC,
    Ph.D. em Educação.

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  4. DEPOIMENTO DE UMA AUTÊNTICA EDUCADORA CENECISTA A FELIPE TIAGO GOMES, IDEALIZADOR DA ESCOLA COMUNITÁRIA NO BRASIL E COMENDADOR DA EDUCAÇÃO



    Felipe Tiago, você recebeu de Deus idêntica missão, a de Santiago de Compostela, que teve sua peregrinação na Europa, nos caminhos da Espanha, França e na África. Você peregrinou nas estradas de todas as regiões brasileiras implantando 1.200 Escolas, especialmente no interior do país.

    O cristianismo era o alvo de Santiago. O cenegismo, posteriormente o cenecismo, orientou a sua doutrina, baseada nos mesmos princípios cristãos, de solidariedade, humildade e fraternidade.

    Falar sobre Felipe Tiago Gomes é o mesmo que viver a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), sua grandiosa obra que abrangeu todo o Brasil, criada em 1943, em Recife, por uma equipe de jovens, estudantes de Direito da Universidade Federal de Pernambuco.

    Felipe, primo legítimo de minha mãe, Maria Marçal Henriques, sobrinha de Ana Maria Gomes (sua mãe) e afilhada. Como filho caçula, era muito estimado por todos os seus. Laços familiares uniram-nos.

    Pelos trabalhos realizados na CNEC/PB fui convidada para trabalhar na Administração Central, em Brasília. Felipe olhava muito adiante e assim me orientou para Capacitação Docente e cheguei com seu estímulo e confiança a exercer o cargo de Assessora Pedagógica e Coordenadora Geral do Curso de Especialização de Professores de Suplência. A abrangência desse curso atingiu doze estados do Brasil e 2.500 professores. Ainda com sua orientação, fiz o Curso de Mestrado na Universidade de Brasília – UnB, abrindo mão para que pudesse estudar e trabalhar também em outras Instituições. Com seu apoio, trabalhei no SESI, na Faculdade Católica e com seus conselhos me despedi de Brasília e assumi na Universidade Federal da Paraíba o cargo de professora, no Departamento de Habilitações Pedagógicas, do Centro de Educação, recém-criado em 1979.

    O seu espírito de grande idealizador, pensou numa possibilidade de a CNEC ser beneficiada com os cursos da Universidade. O sonho tornou-se realidade. O convênio entre CNEC/UFPB foi assinado em abril/1981, na gestão do Reitor Berilo Ramos Borba.

    Com as orientações do amigo fui continuando na UFPB/CNEC, e muitas mensagens de melhoria do trabalho cenecista foram distribuídas por mim. Vinte e um anos de ação educativa CNEC/UFPB, num saldo de aproximadamente mil profissionais das redes: cenecista, pública e privada foram capacitados. Vários cursos foram oferecidos em nível de atualização, aperfeiçoamento e especialização, em áreas docentes e em administração/gestão. A capacitação na UFPB/Centro de Educação continua sob minha coordenação há mais de duas décadas. Neste ano publicarei História de vida: 45 anos educando. Nessa história há 36 anos de educadora cenecista.

    Felipe, amigo, presente em todas as horas.

    Você foi a luz que brilhou em nossa querida terra Picuí, marcando a vida da maioria dos picuienses. Você não passou, continua presente na transmissão da Rádio Cenecista de Picuí, entre outras realizações já citadas.

    Particularmente, para mim, você está vivo, orientando-me e incentivando-me. É um amigo nota 1000; pouco comum nos dias de hoje.

    Obrigada por tudo, Felipe.

    Que Deus lhe conceda, por sua capacidade de amar a todos e aos mais carentes, a paz e o descanso eterno, tão merecido, aos justos e puros de coração.

    Muito obrigada, também, a Maria Gomes (sua irmã) pela grande amizade que nos uniu.

    Fui e serei sempre cenecista, apesar dos pesares da CNEC-Pós-Felipe.


    Maria de Lourdes Henriques

    Licenciada em Pedagogia/Administração Escolar/UFPB.
    Mestre em Educação/Planejamento e Administração – UnB.
    Doutora em Filosofia e Ciências da Educação/Univ. Nac. Educ. a Distância – UNED – Madri/Espanha.
    Prof. Adjunto IV – UFPB/Centro de Educação.
    Coordenadora do Setor de Ensino a Distância.
    Profª. das disciplinas: Planejamento Educacional, Org. de Trabalho Científico, Pedagogia Social, Educ. Ambiental, Gestão Educacional.

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