Descrição de Cuité no ano de 1940, 03 anos após a Emancipação Política.
Trata –se de um perfil poético, traçado pelo barbeiro de profissão e poeta de vocação, José Moreira de Andrade. Sua barbearia – relíquia, ficava no Beco de Raja, atual travessa Pedro Viana da Costa. Zé Moreira se orgulhava: “Tirei o cabelo e a barba do bandidão Antônio Silvino ( quando esteve por aqui de férias ). Me pediu até para escrever sua história em versos...
Moreira tinha outras virtudes além de entreter seus fregueses com poesia: era protetor assíduo dos animais, amava – os, principalmente seu cachorro Jessy, o qual transportava sempre na cadeirinha de sua bicicleta mercsuisse. O poeta quando viajava á Campina Grande, comprava também a passagem do amigão, e ao seu lado ia Jessy se deleitando com a paisagem, de Gravatinha borboleta, cheirando a talco cinta azul. Quando desapareceu o inusitado vira – lata mimado, Zé Moreira aposentou o oficio da tesoura e ocupou – se da longa biografia canina. Correu mundos em seu resgate, mas só o encontrou em seus versos molhados. “ Que osso de ferro é viver sem Jessy”, lamentava.
Em 1940, Moreira lançou um folheto de Cordel, não sobre o cachorro, mas sobre a cidade de Cuité, há extra 72 anos.
Acervo: Eliel Soares
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