Coluna Thaíssa Vasconcelos
Por Thaíssa Vasconcelos
Certo dia, em uma discussão, afirmei que o modelo patriarcal já não mais vigora em nosso tempo, e que o machismo está em decadência. Falar isso ocasionou certa polêmica.
Mas porque isso foi dito? São notórias as transformações da família, e sobretudo, as mudanças das relações entre os membros desse grupo. As mudanças das relações entre homens e mulheres. Como diria o psicanalista Jorge Forbes “há algum tempo atrás, a mulher era a mãe de família, aquela que cuida, cuida dos filhos, zela pela educação, zela pelo senhor que faz a civilização, zela pelos homens. A sociedade se organizava de forma masculina, havendo ai então, na sociedade industrial um modelo patriarcal, onde o pai assumia o lugar da lei, da autoridade, da interdição, a função de gerir, e isso já não mais existe.
As mulheres queimaram sutiãs em praça pública, as mulheres reinvidicaram um espaço. Um espaço social, um espaço político, cultural. A mulher conquistou o poder sobre seu próprio corpo, onde ha um tempo atrás seria impossível. As mulheres ganharam a possibilidade de enfrentar esse pai tirano, e dizer-lhe que ela a partir de tal momento, fará suas escolhas amorosas, a mulher se colocou como capaz de frente a um companheiro talvez machista teve a possibilidade de escolher, quando e quantos filhos terá (a pílula anticoncepcional foi um marco, dando esse poder a mulher sobre seu próprio corpo).
As relações se horizontalizaram. Um mundo que não se faz mais por hierarquias, competições, se faz mais por parcerias, singularidades, talentos, esse mundo de hoje está muito mais próximo do ser mulher. A autoridade paterna deu lugar a um afrouxamento das relações, e ganha destaque o lugar do diálogo, da negociação entre os pares. Vivemos sim, um declínio do poder paterno. Ou talvez hoje estejamos diante das conseqüências dessa queda do patriarcado.
Não é mais o homem o provedor, não é mais só o homem que dita as regras, não é só o homem que tem direito ao prazer sexual. Ao contrário, vemos hoje mulheres cada dia mais fálicas, poderosas, e como diz Lêda Guimarães, elas são hoje “A profissional realizada”, “A politizada, culta,intelectual”, “A administradora do lar”, “A mãe psicopedagogizada”, “A malhadora diet”, “A amante liberada”, etc... e o homem, coitado, como fica depois de todas essas quedas de um poder indiscutível?
Aquele homem, machista de uns tempos atrás, hoje se feminiza, e temos ai os metrossexuais, por exemplo. Homens que tomam traços da feminilidade para inclusive conseguirem fazer laços de parceria com as mulheres.
Vivemos sim uma “crise do macho”, uma crise do pai. Um pai que não se sustenta no lugar daquele que impõe a lei. Hoje temos um pai mudo, inerte, complacente. Como falar de um modelo patriarcal diante desse pai angustiado, temeroso e tímido?
Não, não diria que vivemos um mundo não mais machista e sim feminista, mas por outro lado, que o pai do patriarcado, aquele pai da horda, que organizava toda uma vida social está morto. Diria por um outro lado, que não temos mais uma sociedade patriarcal, mas uma sociedade do sem limites, do gozo desmedido, herdeiros dessa fragilidade da “lei paterna”.
Vivemos sim uma “crise do macho”, uma crise do pai. Um pai que não se sustenta no lugar daquele que impõe a lei. Hoje temos um pai mudo, inerte, complacente. Como falar de um modelo patriarcal diante desse pai angustiado, temeroso e tímido?
Não, não diria que vivemos um mundo não mais machista e sim feminista, mas por outro lado, que o pai do patriarcado, aquele pai da horda, que organizava toda uma vida social está morto. Diria por um outro lado, que não temos mais uma sociedade patriarcal, mas uma sociedade do sem limites, do gozo desmedido, herdeiros dessa fragilidade da “lei paterna”.
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DIZEM QUE O PIOR CEGO É AQUÊLE QUE NÃO QUER VÊ! É OBVIO QUE A ASCENÇÃO DA MULHER, NO OCIDENTE E EMBRIONÁRIA NO ORIENTE, FOI RESULTADO DE CONQUISTAS, GIGANTESCAS, DESDE O VOTO, ATÉ TERMOS MULHERES, COMO A CHANCELER ALEMÃ, ANGELA MERKEL, CITADA NA FORBES, COMO, A MULHER MAIS IMPORTANTE DO MUNDO. MENTES ASNÁTICAS, OBTUSAS, TEIMAM EM DIZER CONTRÁRIOS, COM CERTEZA, PELO PAVOR PRIMATA DE TER QUE COMPETIR COM ELAS. PARABENS MINHA MUSA, THAÍSSA VASCONCELOS!
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