COLUNA DEMA MACEDO
Por Dema Macedo
Somente acreditaria numa Reforma Politica se passe pela efetiva consulta popular com a participação dos movimentos sociais, sociedade civil organizada e dos estudantes “Cara Pintadas”. A reforma engavetada e se arrasta há pelo menos 20 anos. Acomodada “estrategicamente” e somente agora, faltando menos de dois anos para ser aprovada vem de forma rápida ser discutidas em audiências publicas nas assembleias e câmaras municipais. A Sociedade não será provocada para não sair às ruas, tipo o grito: Diretas Já, receio que não se transforme em Luta pela Reforma Politica e não Contra Reforma.
Na verdade o que se pensa os políticos com raras exceções é que a “Reforma Politica” se passe apenas pelos interesses “político-partidários” tirando o foco da pauta da “Redemocratização do Estado”.
Muitos temas polêmicos devem ser debatidos, que estão inseridos em torno da reforma politica e que não fiquem apenas numa “maquiagem politica.” O Congresso Nacional tem um prazo até o mês de outubro de 2011 para que a reforma seja aprovada, caso contrário não vai valer para as eleições de 2012.
Irei fazer uma explanação e de forma pedagógica, pontuarei meu ponto de vista a respeito de algumas possíveis mudanças na Reforma Politica: Inicialmente destaco que a população já sai perdendo na discussão da Reforma, quando a comissão parlamentar já se posiciona contra o “VOTO FACULTATIVO” porque esse é um interesse do povo e não da maior parte da classe politica.
A extinção da REELEIÇÃO e a prorrogação do MANDATO PARA CINCO ANOS: A reeleição foi criada exatamente para o gestor ser reconduzido ou não ao poder, analisando por esse prisma não há vantagem sobre os concorrentes, pois a exemplos de gestores que não são reconduzidos pelo povo. De certa forma como vivemos no país de faz de conta, por bem instituir a Prorrogação do Mandato para cinco anos.
FIM DAS COLIGAÇÕES PROPORCIONAIS (sistema de eleição atual de vereadores, deputados e senadores) às vezes se torna injusto, uma vez que se você fizer campanha para um determinado candidato, quase sempre corre o risco de ajudar outro candidato da “coligação” indesejada.
VOTO DISTRITAL ou Distritão: Já foi banido do País, só quem tem vez é quem e ligado à situação, assim a oposição seria esmagada e mais ainda os partidos emergentes. Desta forma os partidos pequenos reduzidos a quase nada, servindo apenas para se coligar com a eleição de Prefeito, Governador e Presidente (Majoritária), o clientelismo será contundente, sem contar a briga interna pelo curral eleitoral. O voto distrital funciona em países com formação politica e ainda estamos longe dessa proeza.
LISTA PARTIDÁRIA: Se não for muito fechada pelo partido, devera ser feita com cautela e pré-ordenando a lista com nomes de candidatos que não sejam envolvidos com “(corrupção, fraudes, desonestidade) nesse ponto a lista “suja” com esses nomes e nomenclaturas, afastariam os eleitores”.
FINANCIMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA: Implantando o financiamento público, poderá ser apenas uma “cortina de fumaça” e o “caixa dois” ainda será a válvula de escape para sobrepor o concorrente. Essa prerrogativa de excluir o financiamento de campanha por empresas é uma mala com alça somente para alguns candidatos.
UNFICAÇÃO DAS ELEIÇÕES: Prorrogar os mandatos para coincidirem os pleitos eletivos será um custo menor para os cofres públicos, mas o medo dos parlamentares são os votos em branco.
FIM DA CLÁSULA DE BARREIRA: Os partidos “pequenos” sem o percentual representativo no Congresso Nacional teria igualdade na participação no horário politico da mídia, mas ainda não temos um país com formação politica, capaz de uma sigla ser independente e não servir de ponte ou aluguel de outra sigla.
FIM FIDELIDADE PARTIDÁRIA: Fidelidade é uma coisa rara, imaginem partidária somente os caciques políticos são fieis a si mesmo.
ISENÇÃO DE CANDIDATURAS SEM FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS: Essa é uma matéria que foge da realidade do nosso país que não possui a formação politica necessária de aceitar um eleitor independente imagine um candidato sem lê na cartilha partidária.
A ideologia de CAZUZA não era partidária “Queria Ideologia para Viver”. Viver mudança, mudar o Brasil em todos os sentidos... Deu o passo para morte sem ressentimentos de culpa, estava bem acompanhado com pessoas que queria mudar alguma coisa. Socialista (Sistema) por vocação e por amor incondicional a igualdade humana. Igualdade essa que ainda lutamos num pais onde as mulheres representam apenas 9% do parlamento e 51% da população. Até parece que os índios não são brasileiros, depois do conturbado mandato de Juruna não deram chance real a outro exercer um cargo.
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