Comunidade picuiense é reconhecida como remanescente Quilombola.

A proposta ganhou força e recebeu apoio das ONG’s CEOP (centro de Educaçã Oe Organização Popular) e AACADE/PB (Associação de Apoio aos Assentamentos e Comunidades Afro-descendentes da Paraíba), do Colegiado de Desenvolvimento Territorial, bem como da própria comunidade.
Após uma série de reuniões com os moradores, envolvendo todas as gerações, foi possível chegar ao auto-reconhecimento da comunidade negra, que carrega marcas de um período perverso na história do Brasil.
Segundo Olivânio, trata-se de relatos preciosos, que precisam ser documentados para que mais uma vez não caiam no esquecimento pela ação do tempo ou pela omissão das autoridades.

Agora com posse do certificado de auto-reconhecimento, a comunidade está aos poucos se mobilizando para reivindicar a aplicação de políticas públicas por parte dos Municípios de Picuí e Nova Palmeira.
Algumas ações apoiadas pela Sociedade Civil já chegaram à comunidade, a exemplo da Bomba Popular, por meio do P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas), da Articulação do Semiárido, numa parceria da Unidade Gestora Territorial AS-PTA e o CEOP.
Também receberam sementes de feijão (sem agrotóxico), para o plantio nas áreas produtivas e estimular a criação de um Banco de Sementes da Paixão.

Outra iniciativa interessante é o acompanhamento dos Técnicos da Base de Serviço e Comercialização do Território do Curimataú, que em reunião com a comunidade fomentaram a possibilidade de elaboração de um PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) dos produtos existentes na área do Quilombo, e a inclusão das famílias na recepção de alimentos de outros PAA’s.
Mesmo com todas essas ações, a comunidade continua sentido a ausência das políticas públicas municipais, principalmente da prefeitura de Picuí.
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