Representação política das mulheres paraibanas ainda depende do apoio e do voto de parentes do sexo masculino
Maioria das mulheres políticas são eleitos com os votos dos familiares homens
No Dia Internacional das Mulheres, comemorado nesta terça-feira, 8 de março de 2011, a classe política paraibana pouco tem a comemorar. A representação feminina na política local é mínima e a maioria das mulheres que hoje ocupam cargos eletivos herdou os votos de seus maridos, pais e outros familiares.
Na Assembleia Legislativa da Paraíba, por exemplo, apenas seis das 36 cadeiras são ocupadas por mulheres. Apenas 16,6% dos cargos. Destas, todas vêm de famílias políticas e apenas a deputada estadual Francisca Motta (PMDB) pode dizer que hoje tem seu eleitorado próprio. Francisca Motta é viúva do ex-prefeito de Patos e ex-deputado estadual e federal Edvaldo Motta, que morreu em 1992.
Ela, portanto, já segue vida política própria e independente há 19 anos e mesmo assim continua sendo seguidamente reeleita. Para completar, ainda ajudou a eleger seu filho Nabor Wanderley prefeito de Patos e seu neto Hugo Motta deputado federal. Ambos também são do PMDB.
As outras cinco parlamentares, contudo, todas conseguem se eleger graças ao poder político dos familiares homens. Eva Gouveia (PTN), por exemplo, foi a última a ingressar na política e foi eleita deputada estadual graças ao seu marido, o vice-governador Rômulo Gouveia (PSDB).
Daniella Ribeiro (PP) conta com o apoio do pai, o ex-deputado federal Enivaldo Ribeiro (PP), e do irmão, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro; Gilma Germano (PPS) foi eleita com os votos do marido, o prefeito de Picuí Buba Germano (PSDB); Léa Toscano (PSB) já foi prefeita de Guarabira e hoje é deputada estadual com os votos do marido, o ex-deputado estadual Zenóbio Toscano (PSDB); e Olenka Maranhão (PMDB) consegue se eleger com o apoio do tio, o ex-governador José Maranhão (PMDB).
Na Câmara Federal, a Paraíba tem uma única mulher entre as 12 cadeiras da bancada federal. Nilda Gondim, que nunca tinha sido candidata a nada e ganhou graças ao apoio dos dois filhos, o prefeito campinense Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) e o senador Vital filho (PMDB). A última deputada federal paraibana antes de Nilda, inclusive, foi Lúcia Braga (PMDB), que só ganhou projeção estadual após seu marido Wilson Braga (PMDB) ser governador.
Ao contrário de outros estados, a Paraíba também nunca elegeu uma senadora ou uma governadora; e em 1994 Lúcia Braga foi a mulher quem mais chegou perto do Palácio da Redenção. Ela acabou derrotada no segundo turno por Antônio Mariz.
Dentre algumas prefeitas mulheres eleitas em municípios paraibanos, todas também tem familiares políticos. Apenas para citar alguns exemplos, a Prefeita de Cuité Euda Fabiana (PMDB) foi eleita com os votos do seu esposo o ex prefeito Bado; a prefeita de Monteiro Edna Henrique (PSDB) é esposa do deputado estadual João Henrique; a prefeita de Guarabira Fátima Paulina (PMDB) é esposa do ex-governador Roberto Paulino (PMDB) e a prefeita de Pombal Polyana Feitosa (PT) é viúva do ex-prefeito Jairo Feitosa (PT).
Já nas câmaras municipais das duas principais cidades, a regra é mais ou menos a mesma: elas são minoria e em geral depende de familiares homens.
Dos 21 vereadores de João Pessoa, apenas três são mulheres, e apenas Sandra Marrocos (PSB) não tem um político expressivo na família. Raissa Lacerda (DEM) é filha do ex-vice-governador José Lacerda Neto (DEM) e Eliza Virgínia (sem partido) é filha do ex-deputado estadual Nivaldo Manoel (PMDB).
Já em Campina Grande, a única mulher vereadora é Ivonete Ludgério (PSDB), esposa do deputado estadual Manoel Ludgério (PDT).
MaisPB com Cuité PB Online
Na Assembleia Legislativa da Paraíba, por exemplo, apenas seis das 36 cadeiras são ocupadas por mulheres. Apenas 16,6% dos cargos. Destas, todas vêm de famílias políticas e apenas a deputada estadual Francisca Motta (PMDB) pode dizer que hoje tem seu eleitorado próprio. Francisca Motta é viúva do ex-prefeito de Patos e ex-deputado estadual e federal Edvaldo Motta, que morreu em 1992.
Ela, portanto, já segue vida política própria e independente há 19 anos e mesmo assim continua sendo seguidamente reeleita. Para completar, ainda ajudou a eleger seu filho Nabor Wanderley prefeito de Patos e seu neto Hugo Motta deputado federal. Ambos também são do PMDB.
As outras cinco parlamentares, contudo, todas conseguem se eleger graças ao poder político dos familiares homens. Eva Gouveia (PTN), por exemplo, foi a última a ingressar na política e foi eleita deputada estadual graças ao seu marido, o vice-governador Rômulo Gouveia (PSDB).
Daniella Ribeiro (PP) conta com o apoio do pai, o ex-deputado federal Enivaldo Ribeiro (PP), e do irmão, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro; Gilma Germano (PPS) foi eleita com os votos do marido, o prefeito de Picuí Buba Germano (PSDB); Léa Toscano (PSB) já foi prefeita de Guarabira e hoje é deputada estadual com os votos do marido, o ex-deputado estadual Zenóbio Toscano (PSDB); e Olenka Maranhão (PMDB) consegue se eleger com o apoio do tio, o ex-governador José Maranhão (PMDB).
Na Câmara Federal, a Paraíba tem uma única mulher entre as 12 cadeiras da bancada federal. Nilda Gondim, que nunca tinha sido candidata a nada e ganhou graças ao apoio dos dois filhos, o prefeito campinense Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) e o senador Vital filho (PMDB). A última deputada federal paraibana antes de Nilda, inclusive, foi Lúcia Braga (PMDB), que só ganhou projeção estadual após seu marido Wilson Braga (PMDB) ser governador.
Ao contrário de outros estados, a Paraíba também nunca elegeu uma senadora ou uma governadora; e em 1994 Lúcia Braga foi a mulher quem mais chegou perto do Palácio da Redenção. Ela acabou derrotada no segundo turno por Antônio Mariz.
Dentre algumas prefeitas mulheres eleitas em municípios paraibanos, todas também tem familiares políticos. Apenas para citar alguns exemplos, a Prefeita de Cuité Euda Fabiana (PMDB) foi eleita com os votos do seu esposo o ex prefeito Bado; a prefeita de Monteiro Edna Henrique (PSDB) é esposa do deputado estadual João Henrique; a prefeita de Guarabira Fátima Paulina (PMDB) é esposa do ex-governador Roberto Paulino (PMDB) e a prefeita de Pombal Polyana Feitosa (PT) é viúva do ex-prefeito Jairo Feitosa (PT).
Já nas câmaras municipais das duas principais cidades, a regra é mais ou menos a mesma: elas são minoria e em geral depende de familiares homens.
Dos 21 vereadores de João Pessoa, apenas três são mulheres, e apenas Sandra Marrocos (PSB) não tem um político expressivo na família. Raissa Lacerda (DEM) é filha do ex-vice-governador José Lacerda Neto (DEM) e Eliza Virgínia (sem partido) é filha do ex-deputado estadual Nivaldo Manoel (PMDB).
Já em Campina Grande, a única mulher vereadora é Ivonete Ludgério (PSDB), esposa do deputado estadual Manoel Ludgério (PDT).
MaisPB com Cuité PB Online
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