Tenho certeza de que os professores, especialmente os brasileiros, tem um lugar reservado no Céu. Quiçá ao lado do Pai.

 

Poucas são as categorias profissionais mais desrespeitadas. Ô povo pra sofrer. E o pior: praticamente sozinho.

 

Quem acompanhou o barulho que foi a discussão dos policiais militares e civis com o governo do Estado em busca de reajuste salarial sabe muito bem o que estou a comparar.

 

Discussões semelhantes envolvendo profissionais do magistério do Estado não renderam nem um por cento do que rendeu a luta dos policiais. A ameaça de greve por parte de professores tem até dificuldade de ganhar manchete.

 

Os policiais recebem pouco, mas estão recebendo. Em Campina Grande, professores da rede municipal não estão reivindicando reajuste: estão sem receber os salários! E mesmo assim não tem sequer atenção regular da mídia.

 

O mesmo se pode falar das discussões no campo estadual. Parece que pra chamar atenção professores tem que cometer genocídio. E não greve.

 

Alguém pode dizer que o cidadão se preocupa com paralisação de policial porque teme ficar desprotegido dos bandidos.

 

Pois entendo que paralisação na educação deixa a sociedade desprotegida de quem a deseja manipulada e submissa a batuta de poucos poderosos.

 

Que não querem um povo “sabido”. Mas um povo sempre assustado.