Jornalista Giovanni Meireles relembra momentos com o amigo Itamar Cândido
ITAMAR: TILÁPIA & UÍSQUE
Este foi o último prato que eu comi junto com ele – Itamar Cândido (na foto ao lado) – quando nos encontramos por acaso, numa tarde qualquer no meio da semana, para conversar no restaurante Classic, uns dois ou três anos atrás.
Torcedor do Fluminense Futebol Clube do Rio de Janeiro, ele mostrou-me – na ocasião – todo orgulhoso, uma foto tirada ao lado do presidente da Flanego, o rubro-negro Rogeraldo Campina, em pleno estádio do Maracanã, travestido de “Tricolor das Laranjeiras”, da cabeça aos pés.
A fotografia em questão foi feita durante a viagem de uma caravana de paraibanos flunáticos pelo clube pó-de-arroz, que disputava o título de campeão da Copa Libertadores da América, contra a famigerada LDU (Liga Deportiva Universitaria) do Equador, que acabou eliminando por duas vezes o time brasileiro da disputa sul-americana.
Conheci Itamar assim, sempre sorridente e dado a um bom papo, regado a política, futebol e um bom uísque. A tilápia em questão me foi oferecida a titulo de cortesia, para degustação somente para comprovar a boa qualidade do produto (filé de peixe de rio) que estava sendo produzido nos tanques de criação de alevinos de sua fazenda, localizada para os lados de Taperoá.
Ele só nunca me falou da sua famosa coleção de cavalos manga-larga, que – dizem por aí – é de fazer inveja a muito dono de haras, do Pantanal mato-grossense aos amplos campos do Chaco argentino e dos Pampas do Rio Grande do Sul, tchê!!!
Recuperado da primeira fase de sua doença – originalmente tratada como cirurgia de diverticulite – terminamos morando em apartamentos vizinhos no Ambassador Flat, por obra do destino, no final do ano de 2007, quando relembramos os tempos em que trabalhávamos no jornal “A União” – Superintendência de Imprensa, Gráfica & Editora, no governo de Ronaldo Cunha Lima (então filiado ao PMDB, de 1991 a 1993).
Anco Márcio era o diretor de jornalismo, eu era o chefe de reportagem, Geovaldo Carvalho era o diretor Técnico e Geraldo veras respondia pela diretoria Administrativo-Financeira.
O superintendente de todos nós érea ele, o campinense recém-descido da Serra da Borborema para ser morador do edifício Manhattan, localizado na avenida Beira-Rio, vizinho da Granja Santana (residência oficial do governador).
Itamar também passou pela direção dos Diários Associados e TV Borborema, em Campina Grande e pela superintendência da rádio Tabajara, a emissora oficial do Estado. Fora do serviço público, enveredou na iniciativa privada como empresário do ramo de lojas de confecções e de buffet para festas, inaugurando a famosa Vila Cândido, no Altiplano do Cabo Branco.
Viveu bem, até aos seus jovens 57 anos de idade, quando uma traiçoeira pancreatite hemorrágica – a mesma doença que matou minha mãe, dona Niomar Helena, há 25 anos, em Sapé – também o vitimou, na noite desta 3ª feira, internado na UTI do hospital da Unimed, em João Pessoa.
Que dona Ângela e seus filhos (Felipe e Kaline) saibam conviver com a dor que sentem agora, pois eu também já sofri da mesma forma, nos idos de 1986. Mais recentemente, em 2004, foi a vez do meu pai – José Meireles – partir, também deixando o vazio que a família Rocha Cândido deve estar experimentando, agora.
É uma coisa que eu jamais desejaria para ninguém, embora todos nós e nossos entes queridos, em um dia qualquer – no futuro distante ou até mesmo nos próximos dias, quem sabe (???) – tenham que passar por essa provação...
ARTIGO DO JORNALISTA GIOVANNI MEIRELES NO PB AGORA
Category: Política
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